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29.12.13

La Vie d'Adèle 


É impossível não ficarmos completamente obcecados por este La Vie d'Adèle ou, mais precisamente, por Adèle. Uma interpretação notável!

É impossível não nos apaixonarmos por esta criatura frágil e sonhadora.
É impossível ficarmos indiferentes à sua beleza.
É impossível não ficarmos atraídos pelo seus gestos, pelas suas expressões, pelas suas gargalhadas, pelo seu sorriso.
É impossível não nos comovermos até às lágrimas com o seu sofrimento.
É impossível não nos deixarmos contagiar pela sua personalidade!
Vivemos a vida de Adèle sem nos darmos conta...

Citando Eugénio de Andrade: "Já gastámos as palavras..." porque qualquer discurso sobre Adèle é pouco, não chega, não é suficiente! 

Uma história muito bonita sobre aqueles seres humanos verdadeiramente excepcionais. A cultura, a intelectualidade tornam-se quase invisíveis quando confrontados com a genuinidade e a pureza... 

Um filme fascinante do ponto de vista humano e Adèle Exarchopoulos é sem dúvida "o filme".



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22.12.13

Crazy Stupid Love 

Realizado por Glenn Ficarra and John Requa, Crazy Stupid Love começa por ser um filme divertido, mas, à medida que a câmara vai avançando, o encanto inicial vai-se perdendo, tornando-se previsível e até um pouco pateta. 

É Ryan Gosling quem salva o filme de um autêntico fracasso através dos seus jogos de sedução, com humor e um discurso que provocam uma empatia imediata com o espectador. Não exagera na "caricatura", daí ser tão bem sucedido. Emma Stone, a seduzida, tem aqui uma interpretação muito consistente, funcionando ambos muito bem como dupla. 

Pelo contrário, Steven Careel e Julianne Moore (o outro casal do filme) não conseguem criar uma dinâmica, sobretudo por causa de Careel que "desaparece" quando contracena com Moore, tornando-se quase invisível.

Um filme "simpático", com alguns momentos de humor, típico nas comédias românticas.



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15.12.13

Reality 


Realizado por Matteo Garrone, Reality (como o nome indicia) transporta-nos para uma realidade onde tudo é exagerado, extremado, recorrendo ao grotesco para espelhar um universo afinal tão real. 

Uma história duríssima sobre vidas devastadas, mas ao mesmo tempo com um humor que nos delicia, em larga medida, por causa do dialecto napolitano.

A partir do momento em que o protagonista Luciano (Aniello Arena) faz um casting para participar no programa "Big Brother", assistimos ao início de um longo caminho de destruição. Aqui nada é bonito!

Reality deixa-nos uma sensação de um vazio imenso... a eterna ilusão de que os 5 minutos de fama resolverão todos os problemas... sinais dos tempos!

Destaque para a banda Sonora de Alexandre Desplat que ajuda a captar a essência da narrativa. 

Um filme extraordinário! 


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8.12.13

Only God Forgives 

Only God Forgives tem como pano de fundo a cidade de Bangkok. Julien (Ryan Gosling) é proprietário de um clube de boxe tailandês que serve de fachada ao tráfico de droga, juntamente como o seu irmão Billy. O assassinato de Billy é o epicentro de uma onda de vingança, tornando-se o fio condutor de toda a narrativa.

Nicolas Winding Refn sabe o que faz!

Um filme de uma violência aterradora; silêncios cortantes que arrepiam... mas o elemento central reside na forma como Refn filma cada cena, imprimindo um estilo muito gráfico, visualmente muito forte, que se torna crucial numa história estranha, bizarra, mas tão apelativa! 

Ryan Gosling tem aqui, uma vez mais, uma excelente interpretação, mas é Kristin Scott Thomas que surpreende, já que sai do seu registo habitual, da sua zona de conforto, para nos presentear com uma interpretação notável. Está irreconhecível! 

Apesar de não ser comparável a Drive, vale a pena fazer uma paragem neste Only God Forgives.



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2.12.13

Drive 

Drive retrata a vida de um homem cuja profissão é condutor profissional de automóveis. A sua rotina divide-se entre o seu desempenho de duplo em produções cinematográficas, participando, durante a noite, em assaltos à mão armada, assumindo sempre o papel de motorista. Algo irá abalar o mundo de Driver (Ryan Gosling) no momento em que encontra a belíssima Irene (Carey Mulligan), uma mulher vulnerável, frágil e profundamente infeliz.

Drive é mais um exemplo de um filme desprezado pela academia, que opta, na sua maioria, por filmes comerciais e medíocres. 

Nicolas Winding Refn transforma uma história que tinha, à partida, todos os ingredientes para se tornar num verdadeiro cliché, em algo denso e profundo. 

Um argumento muito bem construído, cheio de subtilezas.  As cenas de violência são avassaladoras. Os silêncios cortantes mas, ao mesmo tempo, de uma ternura infinita (quando Gosling contracena com Mulligan).

Todo o ambiente envolvente a fazer lembrar Linch em Lost Highway, filmado de uma forma crua, no qual reconhecemos também Tarantino. 

Ryan Gosling, uma vez mais, a provar que é um actor brilhante. O poder do seu desempenho reside em toda a sua expressão facial e um olhar fortíssimo que leva o espectador a ler-lhe a alma e as emoções sem necessitar de grandes “falas”. 

A banda sonora (Cliff Martinez) tem aqui um papel fulcral, numa união perfeita com a narrativa de Refn. Imperdível!



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